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Redação “quem sou eu”: dicas de como escrever e exemplo

 

As empresas adotam métodos diferentes de avaliar os candidatos a uma vaga de emprego. Além da tradicional entrevista, podem ser aplicados testes, questionários, dinâmicas em grupo ou a redação “quem sou eu”.


Como o próprio nome diz, nesta redação você deve falar sobre si. Essa não é uma tarefa fácil no momento de um processo seletivo, já que qualquer detalhe pode ser crucial para a contratação.


No entanto, não é um bicho de sete cabeças, especialmente se você souber controlar o nervosismo e conseguir identificar as informações mais relevantes da sua vida.


Você deve ser sincero em sua autobiografia, tomando cuidado para não exagerar na descrição de suas qualidades e ao mesmo tempo não se desqualificar a ponto de tornar seu perfil pouco atrativo para os recrutadores.


Para que serve a redação “quem sou eu”?

O texto “quem sou eu” é um recurso adotado nos processos seletivos para que o recrutador possa expandir o seu olhar a respeito de um candidato. A redação geralmente é solicitada no início da seleção, mais precisamente no momento da triagem. Aliás, essa etapa antecede a entrevista de emprego.


Assim, muitas informações podem ser coletadas redação com tema quem sou eu. De maneira geral, o recrutador quer conhecer o candidato como pessoa, ou seja, suas características pessoais, seus interesses e a história de vida relacionada à profissão. Em outras palavras, é uma redação autobiografia com foco em carreira.


Quando não se tem experiência profissional, esse tipo de texto também pode ser solicitado, como é o caso da redação “quem sou” eu de jovem aprendiz. Nesse caso, é recomendado destacar habilidades, anseios, e características pertinentes ao perfil que a empresa busca. Também há espaço para escrever sobre atividades extracurriculares, trabalho voluntário e aptidões.


Não apenas o recrutador formula uma opinião à respeito do candidato, mas também avalia a escrita, ou seja, a estrutura das ideias e a quantidade de erros ortográficos.


Estrutura da redação quem sou eu

As ideias devem ser apresentadas de forma lógica e organizada na redação quem sou eu. Portanto, se preocupe em organizar as informações numa estrutura com começo, meio e fim.


Introdução

Diante desse desafio, a primeira pergunta sempre é: como começar uma redação sobre mim?


Calma, não precisa se desesperar. No início do texto, faça um apanhado geral sobre o seu perfil, considerando:

  • Informações pessoais (nome, idade, estado civil e cidade);
  • Características que podem ser interessantes para a oportunidade;
  • Correlação das características com a vida profissional.


Desenvolvimento

Use a parte de desenvolvimento para fazer uma retrospectiva da sua carreira até o momento. Contudo, tome cuidado para não repetir simplesmente as informações que já constam no currículo ou na carta de apresentação.


Escreva um parágrafo contando um pouco sobre a sua história, ressaltando sobretudo as habilidades que você possui e que se alinham as necessidades da vaga. Mencione os soft skills e hard skills de maneira contextualizada.


Veja, abaixo, algumas ideias para contar uma história:

  • Uma vivência que contribuiu com a descoberta da profissão ideal;
  • Uma paixão ou um talento que vem desde a infância;
  • O contato com algum profissional da área que despertou o seu interesse.
  • Mudança drástica;
  • Erro corrigido.


No terceiro parágrafo, que ainda faz parte do desenvolvimento, escreva sobre as suas expectativas e aspirações para o futuro.


Conclusão

É o fechamento do texto. Use o último parágrafo para apresentar os seus motivos para trabalhar na empresa e como você pode contribuir com com os negócios. Para finalizar a redação, você também pode mencionar os seus sonhos e expectativas.


Exemplos de redação “quem sou eu” para você se inspirar

Confira, agora, um exemplo de redação “quem sou eu” que preparamos para você se inspirar:

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      • Meu nome é Maria Fernanda Castro. Tenho 25 anos e moro em São Paulo, mas nasci e fui criada no interior do estado. Sempre morei com meus pais e dois irmãos – Marcelo e Mariana. Aos 23, mudei-me para a capital a fim de estudar e agora moro sozinha em um apartamento próximo à universidade.

        Estudo Psicologia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), estou cursando o quinto semestre. É a profissão que desejo seguir desde os 15 anos, quando comecei a fazer terapia e entendi a necessidade de bons profissionais na área e a importância de pessoas qualificadas para tratar de transtornos mentais.


        Sempre tive muito apoio dos meus pais para seguir a profissão. Eles acreditam que o conhecimento é a única coisa que ninguém pode tirar de nós e que a educação é a melhor herança que podem deixar. Por isso, sempre batalharam muito para nos garantir ensino de qualidade. Foi assim, também, que minha irmã formou-se publicitária e que meu irmão está se preparando para cursar engenharia daqui a alguns anos.


        No meu tempo livre, gosto de assistir a novelas e séries, mas o que me encanta mesmo são os livros. Deixo de lado, quando estou tranquila, os livros relacionados à psicologia e procuro um bom romance. Meus autores favoritos são Agatha Christie, Milton Hatoum e Mia Couto. Também gosto de conhecer diferentes restaurantes e vou ao cinema sozinha.


        Ainda não tenho muita certeza sobre qual abordagem da psicologia vou seguir. Tenho algumas preferências e alguns desafetos, sendo sincera. Prefiro a linha humanista à psicanálise, por exemplo. Mas tenho por certo que seguirei a psicologia clínica. Sei que nem tudo é exatamente como sonhamos e que levará tempo até que eu chegue lá, mas pretendo abrir meu próprio consultório.


        Tenho muita disposição em aprender e conhecer coisas novas. Gosto de trabalhar em grupo e interagindo com outras pessoas. Acho, também, que o contato pessoal no ambiente de trabalho ou estudos é fundamental. Estou disposta a trabalhar em qualquer área justamente por gostar de ter novas experiências. Sei que nada é permanente e que minhas vontades e objetivos podem mudar de acordo com minhas vivências.


        Já passei do tempo em que eu acreditava que podia mudar o mundo com a minha profissão e trabalho. Hoje sei que não é bem assim, mas compreendo e acredito que o profissional da psicologia tem um papel importantíssimo, senão fundamental, na transformação da sociedade. Nos dias em que vivemos, com tantas crises econômicas e sociais, buscar e oferecer auxílio é essencial.


        Maria Fernanda Castro



Veja, agora, mais um texto “quem sou eu” pronto para que você possa se inspirar e construir o seu:

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      • Me chamo Eric, tenho 30 anos, sou natural do interior de São Paulo, mas moro na capital paulista há 5 anos. Sou solteiro e não tenho filhos. Moro sozinho, mas tenho a família como meu maior alicerce e minha inspiração para a vida. Sempre que posso, retorno para minha cidade natal para passar um tempo com meus pais e irmãos. 

        Tive muito amor e carinho na minha infância. Desde pequeno, adorava desenhar personagens para videogame e recebia estímulo de minha mãe para desenvolver meus dons artísticos.


        Fui criado com muito afeto, mas isso não significa que as coisas foram fáceis. Comecei a trabalhar com 15 anos como jovem aprendiz para ajudar em casa, o que felizmente não me impediu de estudar e seguir o meu sonho de ser um grande ilustrador. 


        Fiz faculdade de Design Gráfico e logo fui chamado para trabalhar como estagiário numa agência de publicidade. Na época, gostaram tanto do meu trabalho que, quando concluí a graduação, fui efetivado e transferido para unidade da agência em São Paulo. Meu trabalho era criar e desenvolver campanhas para meios digitais, bem como cuidar da diagramação de todos os materiais de Marketing. 


        Tive a oportunidade de fazer um curso de ilustração no Canadá, uma experiência que desenvolveu minhas habilidades e abriu muitas portas. 


        Eu diria que sou uma pessoa que busca sempre aprimorar. Costumo refletir sobre o que posso fazer de diferente para ser um profissional e mais completo. Aprecio o aprendizado contínuo e não tenho medo de desafios. 


        Por fim, gosto de pautar minha vida na frase de Abraham Lincoln: “O que quer que você seja, seja o melhor”. Este sou eu.


        Eric Costa



Dicas de como fazer uma boa redação “quem sou eu”

O que falar em um texto sobre mim? Reunimos algumas dicas que ajudam a organizar as ideias e melhoram a sua capacidade de argumentação. Confira:


Fale sobre quem você é

Esta redação é, nada mais, nada menos, que um texto sobre você. Portanto, você deve se apresentar: dizer seu nome, idade, onde mora, com quem mora etc. Pode, também, contar um pouco sobre sua família, sua infância e sua trajetória até chegar aonde chegou.


Fale sobre o que você faz

Escreva sobre o que e onde você estuda, o que gosta de fazer nas horas vagas, quais são suas habilidades e talentos, seus hábitos de leitura e cultura em geral.


Fale sobre o que você quer e acredita

Escreva sobre seus sonhos e anseios. Fale sobre seus planos para o futuro e aonde você quer chegar na profissão e na vida. Conte sobre as coisas nas quais você acredita e como enxerga a profissão.


Atente-se à gramática e à ortografia

Prestar atenção e respeitar as normas gramaticais e ortográficas da língua portuguesa é essencial, imprescindível e pode ser fator decisivo no momento da contratação. Se houver tempo, escreva a lápis, releia, corrija os erros e, depois, passe a caneta. Isso te dará mais segurança.


Procure, também, escrever com letra legível para que o avaliador não se perca ou interprete errado algo que você tenha escrito.


Seja sincero

É muito importante lembrar que o que mais conta na hora de ter a redação avaliada é a objetividade e a clareza, portanto, preze por estes aspectos.  Assim como em uma entrevista, você deve ser você mesmo. Não adianta escrever sobre o que você não sabe ou não faz. Lembre-se de que a mentira tem perna curta e a verdade aparece lá na frente.


Perguntas e respostas

Clique na dúvida para ter acesso a resposta:

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    • O que a redação analisa?
      • Através da redação, o recrutador tem a chance de expandir a sua visão a respeito do candidato. 
      • Ele conhece um pouco mais sobre a pessoa, como características pessoais, estado civil, composição familiar (com filhos ou não) e história com relação à escolha da profissão. 
      • Temas como projetos, sonhos e perspectivas de futuro também são investigados através da redação quem sou eu.
    • O português precisa ser impecável?
      • É aconselhável escrever o texto com atenção, evitando ao máximo os erros de ortografia. Contudo, se houver pequenos problemas de acentuação, crase ou pontuação, o candidato não será necessariamente eliminado.
      • As empresas não são tão rigorosas quanto o Enem e os vestibulares. Elas querem uma escrita correta, mas avaliam principalmente a estrutura das ideias e as informações.
    • Como começar uma redação de quem sou eu?
      • O início do texto pede uma introdução bem elaborada. Usando a primeira pessoa do singular, faça uma pequena apresentação pessoal, com nome, idade, cidade, estado civil e como se ocupa nas horas vagas.
    • O que posso colocar no texto?
      • A redação “quem sou eu” verifica a capacidade de autoconhecimento de cada candidato. O texto pode incluir informações como: informações pessoais (nome, idade, estado civil e hobbies), qualidades (determinado, organizado e proativo), sonhos (motivações e aspirações para a carreira).
    • O que NÃO pode colocar no texto?
      • Não é recomendado o uso de gírias e abreviações. Além disso, evite uma linguagem rebuscada e com palavras difíceis. Quanto mais objetivo e sucinto você for, melhor.
      • Frases ofensivas e ideias radicais não podem aparecer na redação quem sou eu. Não conte histórias tristes e nem seja apelativo na escolha dos argumentos.
    • É negativo falar que tem filhos?
      • Depende. Quando o filho é um bebê, é interessante não colocar a informação direto na introdução. Deixe para falar sobre isso na entrevista. Ter filhos pequenos é uma condição que pode atrapalhar a candidata em determinados processos seletivos, pois ainda existe preconceito entre os empregadores.
    • O que é ser apelativo na redação?
      • Contar uma história de superação não é ser apelativo. Portanto, fique a vontade para exemplificar o quanto você é uma pessoa esforçada e focada. Falar sobre a intensa preparação para passar numa universidade pública é um bom exemplo.
      • Por outro lado, falar que você precisa do emprego para pagar as contas e cuidar dos filhos é um argumento apelativo.
    • Como finalizar uma redação quem sou eu?
      • Destaque os motivos que fazem de você uma boa aquisição para a empresa. Além disso, também é possível aproveitar o desfecho para usar uma citação filosófica que tenha a ver com o seu perfil.
    • Como escolher o título desse tipo de texto?
      • Uma redação sem título perde um pouco da sua identidade, portanto, é muito importante se preocupar com esse detalhe após concluir a escrita do texto. Seja criativo e escolha um título que resuma o seu perfil em poucas palavras e estimule a vontade de ler.
    • Qual o tamanho ideal do texto?
      • De 20 a 30 linhas.

Em suma, este guia apresentou exemplos em que você pode se basear ou se inspirar na hora de escrever sobre o tema de redação “quem sou eu”. Além disso, listamos dicas importantes para deixar o texto atrativo e apropriado para disputar uma oportunidade de trabalho. Dessa forma, você certamente obterá sucesso e destaque em qualquer processo seletivo que exija uma redação autobiográfica.

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