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Recrutador grava vídeos debochando de currículos que deveria selecionar e é demitido


O funcionário de uma empresa localizada em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, gerou revolta nas redes sociais nesta semana. É o que rapaz gravou vídeos debochando de currículos que ele deveria analisar e publicou as imagens no Instagram, humilhando e expondo vários candidatos.

“Olha o tanto de currículo que eu já recebi, a crise é real. Fora meu e-mail que eu ainda nem abri”, diz o recrutador em um trecho do vídeo.

“Recebi até um currículo de uma pessoa que eu odeio, que estudou no IF Bela Vista e eu tenho ranço. Ai amor, que pena, não vou te contratar”, afirma em outra parte. 

Não demorou para que as imagens recebessem uma enxurrada de críticas, a maioria delas a respeito da postura do funcionário.


Com a repercussão negativa do caso, a empresa em que o recrutador trabalhava, a Avante Energia, resolveu demiti-lo. A companhia ainda explicou, por meio de nota, que não tinha conhecimento do vídeo e agradeceu ter recebido a informação (veja na íntegra abaixo).

Nota da Avante Energia na íntegra

“A Empresa Avante Energia e Serviços não tinha conhecimento do vídeo postado, agradecemos a informação. Não compactuamos com a atitude tomada pelo funcionário que usou sua rede social particular postando vídeos e fotos sem autorização da empresa. A empresa Avante através do seu representante legal informa que não tolera atitudes de quebra de sigilo das informações e não tem a prática de utilizar redes sociais, mediante ao exposto informamos que o funcionário já não faz mais parte do nosso quadro de colaboradores”.
Depois de toda a confusão, o rapaz publicou novos vídeos pedindo desculpas, mas os retirou do ar devido a centenas de comentários negativos que continuou recebendo.

“Apagou o pedido de desculpas. Deu tantas dicas bacanas, podia ter feito o vídeo sem humilhar as pessoas! A lei do retorno é linda, pois agora ele que vai mandar currículo!”, escreveu uma usuária do Facebook.

"Gente! Seu idiota, brincando com pessoas que estão desempregadas. Isso não pode ficar assim. Vamos postar até chegar às mãos de seus superiores", escreveu outro.

"Nossa, esse cara não pensa que o dia de amanhã pertence a Deus. Cuidado, esse aí que você zombou pode se tornar seu chefe... Absurdo, zombando das pessoas. Imagina esse cara liderando uma equipe... Nossa, muito feia a sua postura. Eu jamais teria você na minha equipe, debochado. Usa essa sua boca pra motivar aqueles que estão precisando de um apoio", disse mais um.

Além dos comentários, internautas também compartilharam um exemplo de vaga publicada pelo então funcionário da Avante Energia em um grupo da rede social. Um dos requisitos para participar do processo seletivo, segundo ele, é ser do sexo feminino, e isso fica claro em determinada parte do vídeo, quando mostra uma série de mensagens no WhatsApp enviadas por mulheres. Além disso, ele diz estar cansado de receber tantos currículos.

Exemplo de vaga divulgada por Paulo Roberto de Moraes Foto: Facebook / Reprodução


Paulo se identificava no Facebook como coordenador-geral na Avante Energia desde outubro de 2017 e coordenador no Instituto Efort desde maio de 2016. No entanto, ele já havia sido demitido deste segundo local, conforme a própria instituição informou em sua página, após receber uma série de denúncias de internautas sobre a atitude dele.


A Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco Energia) também se manifestou, por meio de seu perfil no Twitter, diante das reclamações, esclarecendo que não tem relação direta com funcionários das empresas associadas.


O Brasil perdeu 43 mil empregos formais em março, marcando o terceiro pior resultado para o mês desde 2002, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério da Economia. Considerando o dado sem ajuste sazonal, o país fechou o trimestre com criação de 164,2 mil vagas, uma queda de 15,8% em relação aos 195,2 mil empregos criados em igual período do ano passado.

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