"A situação dos ambulantes é muito delicada e demanda negociação. O que estamos fazendo é estudando a possibilidade de levá-los para a passarela em cima do Terminal de Integração. O projeto está avançado e precisa passar pela aprovação do jurídico. Depois disso, claro, precisamos regularizar a situação destes vendedores, para então readequá-los", afirma Camila Capacle Paiva, coordenadora executiva do Trabalho e Economia Criativa e Solidária. A intenção é que até o primeiro semestre do próximo ano, a situação dos ambulantes seja resolvida.
"É importante lembrar que o desemprego levou muitos destes vendedores para as ruas e por isso, não basta simplesmente tirá-los o sustento", reforça.
Reclamação
Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Araraquara (Sincomércio), Antônio Deliza Neto, os ambulantes causam transtornos aos comerciantes e atrapalham as vendas. "Não estamos reclamando dos ambulantes de alimentação que ocupam a região central nesta época do ano, o que reclamamos são dos ambulantes de frutas, de eletrônicos em geral piratas que trabalham sem nenhum registro, sem nota, sem fiscalização. Isso é ruim para o comércio", diz ele.Deliza diz que entendo o fator do desemprego, que muitas vezes leva estes autônomos para as ruas, mas o comércio também é um importante empregador e que não pode ser prejudicado. "Mais de 60% da mão-de-obra contratada em Araraquara é pelo setor de comércio e serviços", reforça.
O que os comerciantes querem é que a Prefeitura reforce a fiscalização em relação aos ambulantes. "Nós comerciantes somos fiscalizados, taxados, multados. O poder público precisa dar conta desta fiscalização", diz ele.
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